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terça-feira, 4 de junho de 2013

Customs, Choppers & Touring

A Drag-Star, de 650 cc, da Yamaha,
 uma custom original.
Este artigo não se trata, exatamente, de um comparativo, mas acaba sendo, no final.
Apesar de muita gente rotular três tipos de motos diferentes como sendo uma só, as motos nos estilos custom, chopper e touring têm lá seus desencontros em certos aspectos.



Antes de mais nada, não se tira muito a razão daquelas pessoas, já que tais modelos possuem também certas similaridades, como o estilo, a posição de pilotagem mais baixa (low-rider) e o rótulo de estradeiras. Mas, acabam aí.

A palavra "custom", em nosso português, quer dizer "costume", "hábito", "comportamento". Portanto, transferindo esse significado para uma motocicleta, é fácil deduzir que trata-se de uma moto que tem a "cara" de seu dono, que a personaliza conforme o gosto pessoal, o comportamento e os costumes que ele tem. Isso inclui não só os acessórios que o motociclista adiciona à sua moto, mas também uma relação homem x máquina, na qual ela acaba se tornando uma extensão do primeiro.

 Shadow 600 VT, da Honda, é originalmente uma custom.
As customs, mesmo com os acessórios mais loucos, não perdem muito - ou quase nada - de sua originalidade, sendo que, em muitas vezes, ainda têm mantidos seus componentes e peças originais de fábrica.

São características mais comuns das customs: garfos originalmente, mas não demasiadamente alongados, partes cromadas no motor, rodas, raios, faróis, setas e escapamentos; a distância entre o chassi e o chão, normalmente, é pequena (30-50 cm), posição baixa de pilotagem, entreeixos largo, pneu traseiro (bem) mais largo que o dianteiro; elas "odeiam" estradas esburacadas, devido à sua própria altura, mas oferecem muito conforto no pilotar, principalmente, em viagens. Entre os acessórios mais utilizados, vemos: os alforjes, que são um par de bolsas colocadas de forma a ficar uma de cada lado da moto e atrás das pernas do piloto e do passageiro; faróis de milha, normalmente instalados à altura do farol, ladeando-o; mata-cachorro com apoio para os pés, acessório que, além de proteger o motor e o tanque, ainda traz um grande conforto ao piloto, permitindo-o esticar suas pernas quando quiser.
A Rocker, de 1450 cc da H-D, é uma custom sem defeitos

As motos do estilo custom, até há pouco tempo, não eram encontradas com motores pequenos, geralmente, de 500 cc acima. Hoje, existe no mercado uma série de marcas menos conhecidas, mas que estão conquistando uma boa fatia do mercado com seus motores de 250 cc. 

Não se pode esquecer que, para ser uma verdadeira custom, feita para viagem, tem também que aguentar o tranco, isto é, ter um motor forte e confiável o bastante para rodar quilômetros a fio e por muitos anos, sob pouca manutenção.

Uma Shadow convertida em chopper.

Já as motos "chopper", em sua maioria, vêm da modificação quase que completa, se não quando assim o é, de motos customs. Calma, calma, qualquer motocicleta pode se tornar uma "chopper", bastando que ela se adapte (ou seja adaptada) a algumas configurações próprias do estilo. A palavra "chopper" vem de "chop", que quer dizer cortar, picar, retalhar, cai bem a essa motocicleta, devido ao que o especialista (isso mesmo, não vá levar sua moto para convertê-la em chopper a qualquer mecânico ou lanterneiro) tem que fazer para transformá-la. O "chopperman" é um artista, pode crer.

American Rockzilla 2007, da OCC
As choppers têm seus quadros cortados e modificados, muitas vezes ainda mais baixos do que os das customs, garfos (quase que) exageradamente inclinados, tanques pintados (ou aerografados como verdadeiras obras de arte), guidãos modificados (em forma de T, barra, hip hang (mãos acima do ombro) e outros modelos "malucos"), escapes serrados e abertos, faróis adaptados, suspensão seca e algumas não fazem questão de velocímetros e outros marcadores. Além desses itens básicos, têm aquelas motos que são transformadas exatamente ao gosto do proprietário - cara-de-um-focinho-de-outro -, as "rat-bikes", que nem sempre são choppers, como também as que são produzidas artística e artesanalmente por verdadeiros choppermen. Essas últimas, claro, batendo na casa dos R$ 20 mil (numa transformação decente, mas ainda simples) aos R$ 120 mil ou pouco mais (as mais "luxuosas" ou as importadas de construtores como Harley-Davidson, Exile, Orange County Choppers - empresa dos apresentadores de "American Choppers" - e outros).

É possível fazer uma chopper (para os padrões adultos) até com motores 150 cc, mas o mais comum é usar os de 400 a 600 cc, por oferecerem melhor performance e mais força ao conjunto. Mesmo assim, especialmente, aqueles com melhores condições financeiras, podem preferir as mais potentes, com motores acima das 1000 cc.

A Electra Glide, da Harley-Davidson, é uma
das melhores Touring já fabricadas.
As motos da categoria Touring, enfim, são gigantes sobre duas rodas, que possuem caracterísicas aplicáveis às verdadeiras estradeiras, pois, essas sim, foram feitas para viajar e como muito, muito conforto e segurança.

Geralmente, as Touring mantêm suas características originais, que são de dar inveja às outras motocicletas de viajem: além do enorme conforto para piloto e passageiro (mais ainda que nas customs), aparatos eletrônicos, como retrovisores, ar-condicionado (!), ar quente (!) e computador de bordo, compartimento para instalação de CD ou DVD player, peso e tamanho suficientes para impor muito respeito entre os veículos de quatro rodas. Ninguém gostaria de atingir ou ser atingido por uma moto de cerca de R$ 100 mil e 300 kg!

Brincadeiras à parte, a verdade é que, nesse ranking de estradeiras, as grã-turismo ganham de longe nos quesitos dirigibilidade, conforto e segurança, quando o cenário é a rodovia. Por serem fisicamente maiores, na cidade oferecem baixo nível de agilidade e dirigibilidade ligeiramente comprometida. A não ser em ruas mais largas e nas quais o trânsito flui sem interrupções.

Seja qual for a escolha, ter uma estradeira é ter um estilo de vida. E ser um viajante sem destino e, quando o tiver, encontrar mais prazer no viajar do que na viagem (resguardando certas observações, é claro). Ter uma estradeira é experimentar e amar o vento na cara, não dar a mínima para o tempo que não pára. Ter uma estradeira é (saber) curtir cada quilômetro da estrada, é olhar e admirar a paisagem em cada parada. É ser um... estradeiro, que rima claramente com aventureiro.


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