O termo motocicleta custom provem originalmente do verbo inglês “to customize”, que se refere à personalização de algo que foi criado em série de forma industrial. Oferecendo a possibilidade de modificações de acordo com o gosto de seu dono (partindo quase sempre para um modelo de estilo clássico ou “retro”).
As "Custons" apareceram como tais assim que se popularizou a modificação por parte dos seus usuários (principalmente das marcas norte-americanas Harley Davidson e Indian), depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Na atualidade, praticamente todos os fabricantes de motocicletas têm uma gama de motos custom e um catálogo de peças para personalizá-las. O movimento tem tido tal repercussão ao longo das décadas, que se gerou uma indústria paralela de customizadores ou criadores de motocicletas totalmente exclusivas a partir de zero.
Dentro do universo das motocicletas custom existem infinidade de estilos bem diferenciados pelo tipo de modificações que às submetem, nível de modificação, etc, e que se subdividem por sua vez em diversos gêneros menos definidos.
Cruiser: Do Inglês “Cruise”, referindo-se a que está preparada para percorrer grandes distâncias a velocidades médias (de cruzeiro). São as Custom por excelência, de origem e sem modificações estruturais. Seu morfologia responde a uma moto longa e baixa, com grande distância entre eixos, guidom largo, tanque de combustível de grande capacidade e para-lamas envolventes. A postura de condução, dada a ergonomía que apresenta, é relaxada, com as costas retas ou ligeiramente inclinada para atrás, os braços relaxados e as pernas estendidas.
Com freqüência acrescentam-se-lhes parabrisas e alforges de couro ou malas rígidas. Hoje em dia, praticamente todos os modelos custom do mercado respondem à definição de uma cruiser.
Bobber: Aparecem na década dos 40, e geralmente criam-se a partir de motocicletas das marcas presentes na época nos Estados Unidos e Grã-Bretanha (Harley Davidson, Indian e Triumph principalmente). Foram criadas no inicio por ex-soldados que voltaram da 1º Grande Guerra. Caracterizam-se por serem baixas e longas, em inglês “long and low”, ter as duas rodas de igual diâmetro e normalmente mesma espessura. Costumam ter pneus de banda branca, e normalmente montadas em rodas clássicas.
Pelo geral, desmontam-se os para-lamas dianteiros, alteram ou simplificam os tubos de escape envolvendo-os com fita de amianto (muito característico). Não se modifica o chassis original. Quanto aos guidões, há várias tendências, com guidões largos tipo “Flyer”, altos tipo “Ape Hanger”, curtos e retos, etc. A parte destas modificações, se personaliza a pintura, detalhes mecânicos e acessórios ao gosto dos rockers da época. Usam-se cores sóbrias como o negro, tons de metal, etc, predominando os cores foscas. Aparece timidamente a aerografia com motivos herdados sobretudo dos bombardeiros da Segunda Guerra Mundial (pin-ups), ou referências ao Rock and Roll, Rockabilly e Blues. As bobbers são as antecessoras das chopper, e existem diversas classificações segundo a forma e longitude do para-lama traseiro, tamanho do tanque de combustível, altura do chassis com respeito ao solo, etc.


Dresser: Aparecem em meados da década dos anos 60, simultaneamente nos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Vem do verbo inglês “to dress” (vestir). É o tipo de custom menos agressiva com relação ao modelo original, já que ao invés dos outros estilos, consiste em substituir peças e acessórios das motos por outros de melhor estética ou simplesmente acrescentar peças para incorporar novas funcionalidades. Costuma-se cromar todas as peças se permita e se usam geralmente cores brilhantes e aerografías de um nível artístico elevado.
Street Fighter: Em inglês “guerreira urbana”. Estas motocicletas se diferenciam de todas as demais custom porque a base que se utiliza é uma moto desportiva, geralmente japonesa e em alguns casos italiana. Aparecem na Grã-Bretanha no final dos anos 80, nas cidades mais saturadas de tráfico urbano. Rapidamente se propagou na Europa, sobretudo na Alemanha. Utilizando-se de materiais modernos, tais como a fibra de vidro, fibra de carbono, aluminio, etc. Modifica-se tanto a estética como a mecânica da moto. Caracterizam-se esteticamente por ter o rabeta traseiro em ângulos muito exagerado (sempre são monopostos), deixando à vista o grosso pneu traseiro e com poderosos tubos de escape. Tiram-se os carenagens, polindo e cromando algumas peças. Cria-se acessórios de formas impossíveis. Os farois são substituídos por outros bem mais pequenos e sofisticados e costumam instalar pequenas carenagens sobre eles. As cores variam desde as aerografías mais delirantes até as mais sinistras, passando pelo sempre presente negro fosco.
Fonte: http://www.motonline.com.br
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