
"Volta ao mundo em uma moto? Idéia louca!”, escreveu Carl Stearns Clancy, em 1912, antes dele e seu parceiro Walter Storey estabelecerem que seriam os primeiros motociclistas a darem uma volta ao redor do mundo.
Clancy acrescentou, "A velha Mãe Natureza já foi cercada por quase tudo. Barco a vela, navio a vapor, trens, bicicletas, pedestres e automóveis, todos tiveram sua vez. Só falta o dirigível, o submarino e a motocicleta, e agora vamos dar uma chance a moto. "
Em 5 de outubro de 1912, os dois auto-intitulados " motociclistas entusiastas" saíram de barco da Filadélfia em direção a Dublin para iniciar o que foi chamado de "a maior, mais difícil e mais perigosa viagem de moto que alguém já fez."
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Rota de Clancy pela África do Norte, um percurso que hoje seria difícil, senão impossível, devido às limitações políticas. |
Clancy e Storey planejaram traçar uma rota ao redor do mundo, escrevendo sobre essa aventura para jornais e revistas, e depois um livro de "como fazer” para outros motociclistas poderem fazer o mesmo.
Desde o primeiro dia vários fatores levaram a grandes alterações no que havia sido inicialmente planejado. O motociclista Storey não sabia como pilotar uma moto e bateu feio no primeiro dia, embora a culpa não tenha sido inteiramente dele. Storey não foi severamente machucado, mas sua moto foi, precisando deixá-la em Dublin para consertar. Nas próximas 400 milhas Clancy carregou suas bagagens nas costas e o Storey na frente da outra motocicleta, do jeito que passageiros montavam na garupa naquele tempo. Storey sentou em um assento sobre o tanque de gasolina, segurando o meio do guidão com os pés em extensões do eixo da roda dianteira.
Desde o primeiro dia vários fatores levaram a grandes alterações no que havia sido inicialmente planejado. O motociclista Storey não sabia como pilotar uma moto e bateu feio no primeiro dia, embora a culpa não tenha sido inteiramente dele. Storey não foi severamente machucado, mas sua moto foi, precisando deixá-la em Dublin para consertar. Nas próximas 400 milhas Clancy carregou suas bagagens nas costas e o Storey na frente da outra motocicleta, do jeito que passageiros montavam na garupa naquele tempo. Storey sentou em um assento sobre o tanque de gasolina, segurando o meio do guidão com os pés em extensões do eixo da roda dianteira.
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Carl Stearns Clancy em sua turnê mundial. |
Clancy deixou Storey em Belfast para descansar e voltou de trem para Dublin e depois foi novamente para Belfast já com a moto de Storey consertada. Para Clancy de 21 anos, tinha sido um começo difícil envolvendo inúmeros get-offs, enquanto tentava dirigir com Storey na frente por estradas ruins em um tempo horrível.
Após uma parada de dois meses em Paris, Storey retornou aos EUA e a máquina reparada foi deixada como modelo para um novo comerciante da Henderson em Paris. Clancy viajou pelo vazio da Espanha, com coragem, determinação e uma arma de proteção, indo para a África.
Após uma parada de dois meses em Paris, Storey retornou aos EUA e a máquina reparada foi deixada como modelo para um novo comerciante da Henderson em Paris. Clancy viajou pelo vazio da Espanha, com coragem, determinação e uma arma de proteção, indo para a África.
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Clancy carregava uma câmera com ele, tirando fotos como esta no Japão. Fotos de má qualidade comparadas aos padrões de hoje, mas prova que ele estave lá. |
Em 1994, eu encontrei a primeira ligação para o conto do incrível passeio de Clancy ao redor do mundo dentro de um livro recém publicado sobre motocicletas Henderson. Tendo cercado o globo, eu fiquei intrigado com a forma de como poderia ter sido em 1912. Como proprietário de uma motocicleta Henderson, eu também quis pesquisar o que foi especulado sobre a primeira viagem de motocicleta ao redor do mundo.
Nos próximos 16 anos, eu fui capaz de encontrar artigos de revistas de e sobre Clancy em arquivos empoeirados das numerosas bibliotecas e museus. O livro que ele inicialmente propôs para ser publicado nunca chegou a ser impresso, por isso fiquei com a tentativa de verificar a verdade das páginas amareladas e velhas do manifesto de transporte e mapas. Minhas divagações pessoais ao redor do o mundo me permitiram encontrar marcas que ele tinha deixado como marcações de pista através de uma floresta.
Algumas das rotas propostas por Clancy não estavam prontas para viagem a não ser que fosse a pé, de camelo ou elefante. Ele teve que cancelar seu plano de viajar por toda a Índia, por falta de gasolina. Sua rota por Singapura foi interrompida quando ele encontrou as estradas "em construção".
Nos próximos 16 anos, eu fui capaz de encontrar artigos de revistas de e sobre Clancy em arquivos empoeirados das numerosas bibliotecas e museus. O livro que ele inicialmente propôs para ser publicado nunca chegou a ser impresso, por isso fiquei com a tentativa de verificar a verdade das páginas amareladas e velhas do manifesto de transporte e mapas. Minhas divagações pessoais ao redor do o mundo me permitiram encontrar marcas que ele tinha deixado como marcações de pista através de uma floresta.
Algumas das rotas propostas por Clancy não estavam prontas para viagem a não ser que fosse a pé, de camelo ou elefante. Ele teve que cancelar seu plano de viajar por toda a Índia, por falta de gasolina. Sua rota por Singapura foi interrompida quando ele encontrou as estradas "em construção".
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Retratado como Clancy encontrou as estradas em Cingapura. |
Clancy teve que acampar muitas vezes, porque por onde passou, não havia alojamentos turísticos. Ele dormia na selva, usando pouco mais de uma lona para abrigo. Conforme eu seguia seus caminhos, as minhas noites também foram muitas vezes bem longe do conforto de dormir dentro de algum lugar. No entanto, meu dia moderno de viagem incluía uma barraca, saco de dormir, colchão inflável, e equipamento de camping. Clancy teria gostado, mas nem tinha sido projetado naquela época ainda.
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Camping - in the wild, significava dormir ao ar livre como Clancy é retratado aqui. |
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Meu equipamento de camping incluía equipamentos que Clancy provavelmente iria balançar a cabeça, se perguntando como isso poderia ser chamado de camping. |
Clancy desembarcou de navio em São Francisco, e em seguida enfrentou a parte mais difícil de sua jornada, ao norte de Portland e depois, através das Montanhas Rochosas. Ele disse mais tarde que essa foi a parte mais difícil de sua viagem: "Durante um trecho de duas horas eu caí dezessete vezes por conta de pedras soltas e barro.”
Quando terminado Clancy havia registrado 18.000 milhas em 10 meses, tendo atravessado ”Escócia, Irlanda, Inglaterra, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Argélia e Tunísia,Itália, Índia, Estados Federados da Malásia, China, Japão", e depois pelos EUA, de acordo com uma publicação de 1914.
Quando terminado Clancy havia registrado 18.000 milhas em 10 meses, tendo atravessado ”Escócia, Irlanda, Inglaterra, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Argélia e Tunísia,Itália, Índia, Estados Federados da Malásia, China, Japão", e depois pelos EUA, de acordo com uma publicação de 1914.
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Carl Stearns Clancy, no final da primeira volta ao mundo em 1913. |
Ao ser entrevistado no final de sua turnê de recordes em todo o mundo, Clancy disse:
"Seria difícil superestimar o valor educativo de uma turnê como a que acabo de concluir, pois me sinto seguro em dizer que seria impossível obter por qualquer outro meio a visão ampla sobre as condições em países estrangeiros, que resultou da minha viagem de motocicleta. Em muitos países, cheguei a distritos inacessíveis para automóveis e longe de linhas de transporte normais e, portanto, fiz grande contato com o povo daqueles lugares. Nas cidades, certas concessões são feitas para os turistas e os viajantes que desejam obter um conhecimento real das condições de vida deve ir onde não esperado. Isto é o que eu tentei fazer ao longo da minha viagem inteira e os resultados têm sido suficientemente interessante para justificar a dificuldade adicional às vezes envolvidas."
"Eu não sei se algum dia vou fazer outra viagem ao redor do mundo, mas se eu fizer isso pode ter certeza que eu vou viajar de moto e que a minha montagem vai ser quase uma cópia da Henderson que tenho agora como possível.”
"Seria difícil superestimar o valor educativo de uma turnê como a que acabo de concluir, pois me sinto seguro em dizer que seria impossível obter por qualquer outro meio a visão ampla sobre as condições em países estrangeiros, que resultou da minha viagem de motocicleta. Em muitos países, cheguei a distritos inacessíveis para automóveis e longe de linhas de transporte normais e, portanto, fiz grande contato com o povo daqueles lugares. Nas cidades, certas concessões são feitas para os turistas e os viajantes que desejam obter um conhecimento real das condições de vida deve ir onde não esperado. Isto é o que eu tentei fazer ao longo da minha viagem inteira e os resultados têm sido suficientemente interessante para justificar a dificuldade adicional às vezes envolvidas."
"Eu não sei se algum dia vou fazer outra viagem ao redor do mundo, mas se eu fizer isso pode ter certeza que eu vou viajar de moto e que a minha montagem vai ser quase uma cópia da Henderson que tenho agora como possível.”
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O autor seguiu grande parte da trilha marcada por Clancy quase 100 anos antes, também utilizando motocicletas confiáveis, como o ™ KLR 650. |
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Uma das cinco motocicletas Henderson 1912 produzidas. Se alguém tem que perguntar o preço é pq não pode pagar, se fosse para venda. (Exibição no Museu Nacional de motocicleta.) |
Em 1931 a Grande Depressão levou a melhor sobre o Henderson Motorcycle Company e a produção de motos cessou.
Eu fui capaz de guiar o livro de Clancy a impressão sob o título de “Aventureiro de Motocicleta”. Grande parte de sua rota eu percorri em motos Kawasaki. Carl Clancy Stearns fez o caminho para os milhares de motociclistas como eu, que desde 1913 tem circulado o globo, sabendo que pode ser feito em uma motocicleta.
Nota do Editor: O novo livro Motorcycle Adventure do Dr. Frazier, tem sido descrito como "A verdadeira história da maior jornada de moto mundial, mais difícil e mais perigosa que alguém já fez", e "Deveria ser uma leitura obrigatória para todos os motociclistas de sangue quente".
Fonte: Accelerate Press Publisher USA - http://www.rotaway.com.br - Fotos Dr. W. Gregory Frazier
Eu fui capaz de guiar o livro de Clancy a impressão sob o título de “Aventureiro de Motocicleta”. Grande parte de sua rota eu percorri em motos Kawasaki. Carl Clancy Stearns fez o caminho para os milhares de motociclistas como eu, que desde 1913 tem circulado o globo, sabendo que pode ser feito em uma motocicleta.
Nota do Editor: O novo livro Motorcycle Adventure do Dr. Frazier, tem sido descrito como "A verdadeira história da maior jornada de moto mundial, mais difícil e mais perigosa que alguém já fez", e "Deveria ser uma leitura obrigatória para todos os motociclistas de sangue quente".
Fonte: Accelerate Press Publisher USA - http://www.rotaway.com.br - Fotos Dr. W. Gregory Frazier
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