Google+ MGTE | Moto Grupo Tchê Estradeiros: A história dos moto-clubes
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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A história dos moto-clubes

hells-angelsA história do motociclismo de estrada está associada à história dos moto-clubes. Desde os primórdios, a motocicleta já despertava o instinto de liberdade naqueles poucos que ousavam desafiá-la. Não demorou muito para que esses primeiros motociclistas percebessem as vantagens de viajar em grupo. Já na primeira década do século XX se organizavam corridas de motos, o que aumentaria consideravelmente o interesse a admiração por este novo meio de transporte e consequentemente a criação de clubes que nada mais eram que entidades sociais de indivíduos que andavam de moto juntos. Na década de trinta, apareciam nos EUA os primeiros moto-clubes, mas a grande depressão devastou a indústria em geral.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, muitos membros das forças armadas americanas foram desmobilizados. Acostumados com a adrenalina depois de tanto tempo vivendo no limite e ao mesmo tempo querendo desfrutar ao máximo a liberdade e o próprio fato de estarem vivos aos poucos foram se reunindo e encontraram na motocicleta o meio para satisfazer seu estilo de vida ideal.
Logo esses indivíduos passaram a de tal forma se unir, que, transformavam o clube de motocicletas de fim de semana, em uma família de irmãos substitutos em tempo integral. Principalmente na Califórnia os veteranos formaram centenas de pequenos moto clubes como: Pissed of Bastards, Jackrabbits, 13 Rebels, Hells angels e os Yellow Jackets. Os membros usavam suéteres do clube e rodavam juntos.
HellsAngels.jpg
1800135583pLentamente formalizaram os escudos, as cores, que passaram a defender com sua honra, adaptando a hierarquia militar em uma estrutura de irmandade. Ansiosa em manter estes novos motociclistas, A A.M.A. (American Motorcycle Association) passou a organizar competições, viagens e gincanas com um entusiasmo renovado. Entretanto a guerra não é o exercício mais saudável para a mente de quem combate no front e estes novos motociclistas farreavam muito mais que os motociclistas tradicionais. A população tolerava esses excessos porque os motociclistas tinham a seu favor o fato de terem defendido seu país na guerra.
cine-anarquia_blogspot_comFoi em Hollister (CA) que o mito da marginalidade se concretizou. Era o que faltava ao puritanismo americano e a mídia sensacionalista para taxar os motociclistas de foras da lei e os moto-clubes de gangues. Os jornais estampavam manchetes sensacionalistas e com o passar do tempo, ficou cada vez mais difícil separar os mitos da realidade. Quando Hollywood lançou o filme O Selvagem “The Wild One” de 1954 com Marlom Brando, qualquer esperança de salvar a imagem dos motociclistas estava perdida. Os críticos pareciam incapazes de passar a idéia de que era puramente um filme sobre violência. A mídia sensacionalista e principalmente a revista Best ainda insistiam em mostrar os motociclistas como bêbados ou na pior das hipóteses sociopatas. O que Hollywood conseguiu foi incentivar verdadeiros predadores criarem verdadeiras gangues, o que fez da década de 50, uma página negra na história do motociclismo. Nasce nesta época também a rivalidade entre alguns clubes e o senso de território. As motos passaram a ser despojadas de tudo que não fosse essencial como velocímetro, lanternas, espelhos e banco de carona, com isso ficavam mais leves e ágeis nas disputas. Esse estilo de moto ficou conhecido como Bobber, que mais tarde deu origem as chopper, que eram as motos modificadas para viagens. Com frente alongada e banco com encosto A moto passou a ter grande importância como sendo um complemento da personalidade de seu dono.
roustabout
steve_mcqueen_photoNa década de 60 as motocicletas voltaram a ser tema de Holywood, Elvis Presley com Roustabout e Steve McQueen com A Grande Fuga, alavancaram uma série de filmes sobre o tema que chegou ao seu auge com Easy Rider.
Finalmente vislumbra-se uma mudança imagem do motociclista com o início da fase romântica do motociclismo, que perdurou até o final da década de 70.
Este período fixou o motociclística como ícone de liberdade e resistência para o sistema. Neste período, no Brasil, O Vigilante Rodoviário – Série produzida pela TV Tupi entre 61 e 62 – alimentava a imaginação aventureira de jovens e adultos.
Moto Clube do BrasilNo Brasil, a primeira associação, fundada em 1927, foi o Moto Club do Brasil, sediado na Rua Ceará, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro, onde hoje funciona uma boate underground chamada Garage. A Rua Ceará é referência para motociclistas, pois ali estão as sedes de alguns dos Moto Clubes mais tradicionais (Balaios, Carcarás, Desert Eagles, além dos Abutres, cuja sede fica na rua ao lado). Durante o dia, funcionam diversas oficinas especializadas em consertos e personalização de motocicletas e triciclos e algumas lojas de peças de motos e produtos para motociclistas.Quando a noite cai, o movimento da rua cresce com os frequentadores da Vila Mimosa (zona de meretrício que ocupa ruas próximas), que se misturam com os jovens que frequentam o Garage e os motociclistas que procuram os bares da Rua Ceará. O mais famoso deles é o Heavy Duty, cujo proprietário, Zeca, é também motociclista, integrante dos Balaios. Nos fins de semana sempre acontecem reuniões de motociclistas e, uma vez por mês, o Zeca promove um grande e concorrido churrasco em plena rua, que fica totalmente tomada pelas motocicletas.
Alguns anos depois, mais precisamente em 1932, surgiu o Motoclub de Campos.

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